Há 11 dias do Festival Justiça Trabalhista bloqueia 2,9 milhões de Garantido e Caprichoso

Ontem, artistas já foram comunicados informalmente nos galpões e os trabalhos poderão ser suspensos a qualquer momento. Os bois não terão dinheiro para pagar os trabalhadores.

Decisão Judicial Notícia do dia 14/06/2016

Depois de perderem mais de 3 milhões e 400 mil reais em patrocínio para o festival 2016. Somente o governo estadual cortou mais de 2 milhões de cada bumbá. As diretorias do Boi Caprichoso e do Boi Garantido receberam na noite de segunda-feira 13 de junho, a informação dos patrocinadores ainda dispostos a permanecerem no festival, que foram notificados pelo Juiz do Trabalho Aldemiro Dantas, mandou reter quantia de R$ 1.200.000.00 (um milhão e duzentos mil) do Boi Bumbá Garantido e R$ 1.700.000.00 (um milhão e setecentos mil) da Associação Cultural Caprichoso. A medida é para pagar dívidas trabalhistas e previdenciárias das Associações. Algumas vencidas há dois meses e outras que vão vencer até o final do ano.

As empresas patrocinadoras estão sendo intimadas a não fazer o repasse dos recursos aos bumbás. Empresas que ainda iriam entrar como patrocinadoras, neste ano de 2016, também já foram intimadas, como é o caso da Atacadão Manaus. “É notório que essa empresa, no corrente ano, poderá ficar como patrocinadora do Festival Folclórico de Parintins, o que significa que efetuará repasse de valores para as duas associações”, diz o magistrado em comunicado.

O bloqueio de quase R$ 3 milhões, ameaça a não realização do Festival de Parintins e deixa os bumbás Garantido e Caprichoso em situação crítica, mais uma vez. Na prática a decisão do juiz do Trabalho, Aldemiro Dantas, avaliam os dirigentes inviabiliza a realização do Festival de Parintins. Ontem, artistas já foram comunicados informalmente nos galpões e os trabalhos poderão ser suspensos a qualquer momento. Os bois não terão dinheiro para pagar os trabalhadores.

Os presidentes dos bumbás Adelson Albuquerque ( Garantido) e Joilto Azedo ( Caprichoso) ainda não se manifestaram. Assessores informam que os dirigentes devem fazer isso nesta terça-feira.

Por causa do corte de recursos do Estado, o Festival de Parintins será realizado em três dias, com apenas dois de disputa pelo título. A sentença do magistrado era o golpe final que faltava para aniquilar com a realização do maior evento cultural da Região Norte. A diretoria do Boi Garantido informa que desde ano passado pagou cerca de 1 milhão e 300 mil reais junto a justiça trabalhista. ““Tenho conversado pessoalmente com os advogados que tem acordos em atraso, e devemos refazer os acordos com novas datas. Estamos buscando todas soluções possíveis, vamos resolver sim. O Dr. Raul Góes já está trabalhando no Mandado de Segurança”, disse o vice-presidente do Vermelho e Branco Fábio Cardoso.

O presidente do Caprichoso Joilto Azedo aguarda receber documento oficial para ingressar com manifestação judicial.

Nas redes sociais internautas opinam

Após tomares conhecimento pelas redes sociais da decisão judicial do bloqueio na ordem de 2,9 milhões de reais internautas, torcedores de Caprichoso, Garantido e até quem não torce opinou sobre a decisão.

Para a jovem Linny Santos se já estava “ mal o festival, agora pela amor de Deus. Assim vai acabar de vez ah cultura d parintinense”.

Para o autônomo Eder Simas com todos os cortes de verbas de onde a Justiça vai tirar todo o dinheiro para tal bloqueio.

Sócio do Garantido e ex-comandante da Batucada o peara Clemilton Pinto refelte sobre o momento complicado vivenciado na pré-temporada 2016. “Meu amigo e muita bronca, se esse festival passar por este ano e acredito que sim! NUNCA MAIS SE ACABA, PELA FÉ!”.

O internauta Marcos Rezzuto Pinto aposta. “Isso teve ter dedo de governo para querer sabotar o festival!”.

Para associada e torcedora do Boi Caprichoso Tarcy Carmo o processo político pode ainda agravar mais a crise dos bumbás. Segundo Tarcy os grandes processo envolvendo o Caprichoso partiram de pessoas que declaravam amor incondicional ao bumbás, mas depois da eleição perderam os cargos e correram para a Justiça Trabalhista. “Só sei de uma coisa, é daí pra pior, estamos em ano de eleição no nosso boi (Caprichoso) e essa mesma turma que estão arrancando essa dinheirama do boi esta querendo voltar, do outro lado temos um presidente dos "sonhos",ou seja,estamos”.

Sócia Fundadora e torcedora do Caprichoso a aposentada Nazaré Leitão pede medida extrema contra quem recorrer a justiça para ganhar dinheiro dos bumbás. Para Nazaré muitas pessoas se doaram ao Festival sem nunca ganhar nenhum centavo. “Tem que tirar de vez esses povo que joga os bois na justiça para nunca mais serem sócios e nem trabalhar nos bois. Deixar esse povo de escanteio potaqueospariu”

Torcedor do Caprichoso o internauta Rodrigo Pimentel opina que a justiça do trabalho apenas está fazendo o trabalho que é de amparar os trabalhadores. “Nos quais tiveram seus direitos restritos pelas duas agremiações, se os presidentes tratassem seus colaboradores com respeito e pagassem todos os direitos reservados aos trabalhadores não estariam passando por essas situações que trás frustrações do povo e ao festival de Parintins”.

O Taxista Valber Silva Cabecinha concorda plenamente com a posição de Rodrigo Pimentel. “Imagina vc trabalhar anos no boi contar com o dinheiro do suor do seu trabalho ficar sem receber. Os artistas são pais de fmilia, as vezes trabalhando até em condições sub humana, enquanto isso a bacanagem”.

A parintinense que reside hoje em São Paulo, Joana Darc Oliveira, sócia do Garantido afirma que se a justiça não reter o dinheiro para pagar os artistas trabalhadores o dinheiro some e mais um anos recebem tudo pela metade. “Sou a favor das três noites de apresentação do nosso festival, mas sou muito mais pela valorização do trabalho dos nossos artistas. Parabéns ao MM Juiz vara do trabalho de Parintins”.

Na avaliação da jovem internauta Maury Serrão a decisão impõe mais dificuldade no evento. “ Vão acabar cos boi lascou-se tudo”.

Lizandra Marinho diz ainda não entender a situação. “Minha nossa, que lamentável”.

Para Elvira Manso a decisão vai prejudicar o evento, pois foi sentenciada há poucos dias do evento. “Nada contra os trabalhadores muito menos com a justiça do trabalho, mas faltando 11 dias para o festival? É para acabar com o espetáculo”.

Torcedora do Caprichoso Mayra Cavalcante reflete: Assim como há pessoas que colocaram o boi na justiça em busca de seus direitos (digo somente aqueles que de fato merecem) há na sua grande maioria, aquelas pessoas que se aproveitaram da situação e foram até o juiz pra mentir na cara dura, alegando coisas e "trabalhos" que nunca existiram. Tudo porque sabiam que o juiz os beneficiaria e que isso era causa ganha na certa. Vamos separar os trabalhadores dos APROVEITADORES. A diretoria sabe quem são e acho que os demais sócios devem ficar sabendo!.

Na opinião da cantora e associada do Garantido professora Léa Costa a decisão judicial é um golpe final contra o nosso Festival Folclórico deste ano. Golpe iniciado com o corte de verbas pelo governo do Amazonas. “Ontem os presidentes dos Bois Garantido e Caprichoso foram comunicados pelos patrocinadores que o juiz do trabalho Aldemiro Dantas determinou o bloqueio de 1 milhão e 200 mil do Garantido e 1 milhão e 700 mil do Caprichoso justificando essa atitude por causas trabalhistas dos bumbás!!!! Eu só acho extranho essa decisão acontecer há exatamente há 11 dias de um festival que está passando por uma das maiores crises da sua história!!!! Por outro lado como é que os patrocinadores vão pensar em liberar verba para a Justiça do Trabalho se não houver Festival???? Agora realmente nossa festa corre um grave risco de não acontecer!!!!! Assim não dá pra sentir o sommmm”.