Governo do Amazonas reafirma parceria com banco alemão para investimentos em meio ambiente

“No momento em que a gente monta essa unidade como parte desse sistema de proteção ao meio ambiente, nós vamos também avançar nos processos de licenciamento e monitoramento. A ideia é que esses processos sejam todos eletrônicos. Quando a gente implanta esse sistema, fica muito mais fácil ter o controle e, automaticamente, viabilizar a vida daquelas pessoas que estão no empresariado, trabalhando dentro da legalidade”, afirmou Wilson Lima.

Governo do Amazonas reafirma parceria com banco alemão para investimentos em meio ambiente Notícia do dia 16/05/2019

O governador do Amazonas, Wilson Lima, recebeu, na manhã da quarta-feira (15/05), uma comitiva do banco alemão KfW, instituição que tem investimentos no Estado, nas áreas socioambiental e de desenvolvimento sustentável. Acompanhados pelos titulares da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Eduardo Taveira, do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Juliano Valente, e da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra), Carlos Henrique Lima, o grupo visitou as obras da nova sede da Sema, no bairro Parque Dez, zona centro-sul de Manaus, que recebe financiamento do banco por meio da Cooperação Financeira Brasil/Alemanha.

As obras da unidade, que estavam paradas desde outubro do ano passado, foram retomadas pela atual gestão em janeiro de 2019. A ideia é transformar o local em um complexo que funcione de maneira integrada, dando celeridade à resolução de questões relacionadas ao meio ambiente. “Nós trouxemos o banco para fazer uma prestação de contas dos investimentos que estão sendo feitos aqui. Estão sendo investidos, aproximadamente, 10 milhões de euros. É um complexo que vai aportar a Secretaria de Meio Ambiente e nós estamos pleiteando para que, ao lado, também seja construído o novo prédio do Ipaam. Nossa ideia é trazer para cá outros órgãos, como Batalhão Ambiental e Delegacia do Meio Ambiente, e fazer com que essa estrutura funcione de forma integrada”, destacou o governador.

Boa impressão – De acordo com Wilson Lima, a comitiva aprovou a aplicação dos recursos. “O representante do banco ficou muito satisfeito com o que viu, com as implementações que estão sendo feitas, a utilização, por exemplo, de água da chuva, as janelas e a maneira como a estrutura foi construída para permitir que se use a luz de fora, para que se use menos energia elétrica, que reduza o uso de ar condicionado porque a estrutura também foi montada permitindo que haja essa circulação de ar na unidade”, pontuou.

O governador também frisou o avanço e desburocratização dos processos de licenciamento, a partir do novo complexo. “No momento em que a gente monta essa unidade como parte desse sistema de proteção ao meio ambiente, nós vamos também avançar nos processos de licenciamento e monitoramento. A ideia é que esses processos sejam todos eletrônicos. Quando a gente implanta esse sistema, fica muito mais fácil ter o controle e, automaticamente, viabilizar a vida daquelas pessoas que estão no empresariado, trabalhando dentro da legalidade”, afirmou Wilson Lima.

A previsão é de que o novo prédio fique pronto em setembro deste ano. “O mais importante, além da estrutura, é que tanto a Sema quanto o Ipaam estão dotando de tecnologias e melhorias do seu próprio sistema de funcionamento, para agilizar a fiscalização, garantir os compromissos que o Governo do Estado tem contra questões de desmatamento, mas garantindo agilidade, em especial, para quem quer trabalhar de maneira legalizada. Desta forma, tornamos o processo mais simplificado e, ao mesmo tempo, mais atrativo para que o investidor possa trabalhar, cumprindo os rigores da lei ambiental e trazendo desenvolvimento para o Estado”, disse o secretário de meio ambiente, Eduardo Taveira.

Depois de visitar as obras, o governador e a comitiva alemã plantaram mudas de bacabi, uma palmeira nativa da Amazônia, no local onde vai ser a entrada da nova sede.

Reunião – Em seguida, eles se reuniram para discutir a viabilidade e o apoio financeiro para projetos que promovam o desenvolvimento econômico e social de quem vive no interior do Amazonas.

“Estamos muitos felizes por você (referindo-se ao governador) nos dar um pouco do seu tempo hoje e discutirmos projetos. Vamos continuar investindo no Amazonas, na Amazônia e contribuindo com o Brasil”, assegurou Joachim Nagel, membro do comitê executivo do KfW.

Histórico positivo – A cooperação com a Alemanha faz parte da estratégia do Governo do Amazonas de manter parcerias para ajudar na proteção da maior floresta tropical do planeta. Firmada em 1992, a parceria já investiu em grandes projetos para o fortalecimento da gestão ambiental no Estado. O trabalho em conjunto tem importante impacto nas taxas de desmatamento, mantendo o Amazonas com 97% da sua cobertura vegetal intacta e garantindo que as unidades de conservação estaduais representem menos de 1% do total de desmatamento. Somente em áreas protegidas, a cooperação permite a conservação de 19 milhões de hectares, área que equivale à metade do território da Alemanha.

Entre os projetos que recebem financiamento do Banco KfW, está a construção de Centros Multifuncionais no interior. Os centros já funcionam em Parintins, Humaitá e Apuí e estão na fase final de obras em Boca do Acre. O objetivo é fortalecer e descentralizar a gestão ambiental.

Reivindicação – No final da manhã desta quarta-feira (15/05), o governador recebeu, na sede do Ipaam, zona centro-sul da capital, um grupo de servidores que reivindicaram reajuste salarial, de acordo com o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR). A reunião contou com a presença da deputada estadual Joana D’Arc. Segundo informações repassadas pelos servidores ao governador, há cinco anos a data-base não é reajustada.

O governador informou que vai avaliar o impacto no orçamento estadual e as implicações na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que limita os gastos do Estado com pessoal. “Vou levantar nas secretarias de Fazenda (Sefaz) e de Administração (Sead), o que é possível o Governo do Estado fazer, diante do que impõe a Lei de Responsabilidade Fiscal”, garantiu Wilson Lima.