Grupos do comando de greve dos professores são proibidos de entrarem nas escolas

A classe dos professores do Amazonas recebeu apoio do presidente da Confederação Nacional Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, por meio de carta e um vídeo gravado pelo presidente.

Grupos do comando de greve dos professores são proibidos de entrarem nas escolas Notícia do dia 17/04/2019

Por meio de informativo, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), determinou que os grupos de comando de greve dos professores sejam impedidos pelos gestores de entrarem nas escolas estaduais, e ressaltou a ordem judicial que autoriza o governo a efetuar desconto na remuneração dos professores por falta. Nesta terça-feira (16), completa dois dias que a categoria  deflagrou a greve reivindicado reajuste salarial de 15%, enquanto o governo oferece apenas 3,93%.

O professor Janas Araújo comentou que esse atitude da Seduc é uma tentativa do governo de assediar moralmente às lideranças da greve dos professores. Para rebater a posição da secretaria, a categoria resolveu adotar a estratégia de desobediência civil.

“A posição do movimento grevista é muito clara, se não permitirem nossa entrada nós vamos ocupar às escolas, e vamos fazer atos em frente delas e se os professores nos convidarem para entrar, utilizando da estratégia da desobediência civil, nos vamos entrar. Porque a escola é pública, ela não é do grupo político que ocupa a secretaria de educação. Nós (professores), somos servidores concursados, os políticos passam e nós ficamos”, comenta Araújo.

Jonas comenta ainda sobre o argumento usado pelo desembargador Elci Simões de Oliveira para tornar a greve ilegal.  ”Ele (desembargador) que define a ilegalidade da greve,  alega  que a educação é um serviço essencial. É um serviço essencial na hora em que a categoria resolve cobrar valorização salarial, reajuste com ganho real e não ganho de 50 centavos. Os professores querem um aumento que possa fazer impacto na folha de pagamento. Santo Agostinho falava em seus escritos que uma lei injusta não é lei alguma” conclui.

União

Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) e  o Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom-Sindical), juntaram forças para tentar dialogo com o governo e alcançar os pleitos da categoria.

Interior do Amazonas

31 municípios do interior do Amazonas aderiram total ou parcialmente a greve dos profissionais da educação do Estado. A greve que teve inicio nesta segunda-feira (15), deixou 162 escolas da capital e no interior sem aula.

Apoio Nacional 

A classe dos professores do Amazonas recebeu apoio do presidente da Confederação Nacional Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, por meio de carta e um vídeo gravado pelo presidente.

Decisão judicial 

O desembargador Elci Simões de Oliveira, por meio de limitar tornou a greve ilegal e  o Governo do Estado está autorizado a efetuar desconto da remuneração dos servidores que tenham deixado de trabalhar em função de aderirem ao movimento grevista. A Justiça estipulou multa no valor de R$ 20 mil (por dia), podendo chegar até R$ 400 mil,caso não seja cumprida a decisão.

Determinação

texto: Ariana Clécia (Tribuna do Amazonas)