Amazonas tem 62 casos confirmados de H1N1 e 16 mortes

Quatro casos de óbitos foram no interior do Amazonas, outras 12 em Manaus

Amazonas tem 62 casos confirmados de H1N1 e 16 mortes (Foto: Xavier Donat/Creative Commons) Notícia do dia 05/03/2019

O Boletim Epidemiológico nº 04  da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Estado do Amazonas, divulgado nesta segunda-feira (04/03), pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), informa que foram notificados 276 casos da síndrome gripal no estado. Destes, 62 deram positivo para o Vírus da Influenza A (H1N1) e 33 para Vírus Sincicial Respiratório (SRV).

 

De acordo com o boletim, são 16 óbitos por H1N1 - 12 em Manaus, dois de Manacapuru, um de Parintins e um de Itacoatiara. Outros quatro óbitos foram confirmados por Vírus Sincicial Respiratório, sendo três de Manaus e um de Borba. 

 

Dos 20 óbitos registrados por SRAG, 75% apresentavam fator de risco, com destaque para pessoas com diabetes, pneumopatas, pessoas com obesidade e neoropatas.

 

O Governo do Amazonas decretou estado de emergência por conta da gripe e solicitou ao Ministério da Saúde antecipação, para março, da campanha de vacinação.

 

Em reunião com o governador do Amazonas, Wilson Lima, na quarta-feira (27/02), o ministro da saúde, Luiz Mandetta, prometeu antecipar, para a segunda quinzena de março, a campanha de vacinação no estado. Segundo a FVS, a população alvo para ser imunizada no Amazonas é de 1.115.581 pessoas.

 

De acordo com a diretora-presidente da FVS, a campanha vai disponibilizar em todo o estado, 1.535 postos de vacinação, com a atuação de mais de 4 mil profissionais.

 

Orientação e prevenção

Diante dos sintomas de gripe forte, a orientação é procurar uma unidade de saúde perto de casa. As secretarias estadual e municipal de saúde reforçaram suas unidades com o antiviral e toda a rede da capital e do interior está abastecida. A Prefeitura de Manaus anunciou a ampliação da dispensação do medicamento para 23 unidades básicas de saúde, inclusive as que operam com horário ampliado.

 

De acordo com a diretora do departamento de vigilância ambiental da Semsa, enfermeira Marinélia Ferreira, a medicação só pode ser prescrita com avaliação médica. “Diante dos sintomas, deve-se procurar um profissional para ser avaliado”, aconselhou.

 

Sinais e sintomas da Influenza

É considerada uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório, caracterizada por febre alta de início súbito, acompanhado por intensas dores musculares e articulares, dor de cabeça, dor de garganta e coriza.

 

Os sintomas podem evoluir para falta de ar e outras complicações respiratórias. As pessoas que possuem algum fator de risco para complicações ou alguma imunodeficiência possuem um risco maior e podem apresentar complicações respiratórias associadas à infecção viral.

 

A gripe é transmitida de pessoa a pessoa, principalmente, ao falar, tossir, espirrar e pelas mãos que transmitem o vírus por contato direto ou contaminando superfície e objetos.

 

Recomenda-se a lavagem frequente das mãos antes de tocar em mucosas (olhos, boca e nariz) e após espirrar, o uso de lenços de papel (descartável) para proteger boca e nariz ao espirrar; uso de álcool gel; indivíduos doentes devem manter repouso, alimentação balanceada e ingestão de líquidos adequada, evitando contato com outras pessoas em ambientes fechados e aglomerados; evitar a exposição de menores de cinco anos ao clima chuvoso; manter ambientes bem ventilados; caso o indivíduo apresente febre, tosse, dor de garganta, falta de ar ou qualquer outro sintoma associado, deve procurar o serviço de saúde para melhor avaliação.