Preso tem de trabalhar para custear despesas na prisão, sugere deputado Álvaro Campelo

Serviços previstos em contrato, como manutenção predial e lavanderia, sejam retirados em uma próxima licitação

Preso tem de trabalhar para custear despesas na prisão, sugere deputado Álvaro Campelo Foto: Augusto Ferreira Notícia do dia 23/02/2019

O deputado estadual Álvaro Campelo (PP), subiu à tribuna do plenário Ruy Araújo, da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), na quinta-feira (21), para destacar a reunião com titular da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), Tenente Coronel Marcus Vinícius de Almeida, em especial sobre o contrato considerado “imoral”, segundo Álvaro, da empresa Umanizzare, que administra os presídios do Estado.

Para o parlamentar, esse contrato tem uma “gordura” que é vista em números. “A média do custo do preso no Amazonas, é de quatro mil e vinte e sete centavos, no Brasil esse custo é de três mil e cem reais, ou seja, temos um mil e dezenove reais que estão sendo colocados a mais, pagos pelo povo do Amazonas para sustentar aqueles que estão cumprindo pena”, destacou.

Álvaro Campelo, disse ainda, que essa “gordura” gera um prejuízo de R$ 134 milhões aos cofres públicos. “Se pegarmos os 10.904 presos e multiplicarmos pelo valor de R$ 10.019, que é a diferença, nós teríamos R$ 11,172 mil, a mais por mês. Em um ano, a sangria é de mais de R$ 134 milhões, apenas neste contrato”, reforça Campelo.

O deputado estadual, propõe ainda ao Governo do Estado, que alguns serviços previstos em contrato, como manutenção predial e lavanderia, sejam retirados em uma próxima licitação. “O preso tem que trabalhar para custear sua pena e não o cidadão de bem. Esses serviços não deveriam ser prestados pela Umanizzare, e sim pelos apenados”, conclui Álvaro Campelo.

Depois do Amazonas o Estado que mais gasta com presos, é o Tocantins, onde os presídios também são administrados pela Umanizzare que embolsa R$ 4,1 mil por detento.