Governador David resolve em 90 dias, o atraso de mais de 3 anos do subsídio dos produtores de juta e malva

Os maiores produtores da fibra no Amazonas são da região da Calha do Rio Negro e Solimões, como Manacapuru, Anamã, Autazes, Careiro, Careiro da Várzea, Vila Rica de Caviana, Caapiranga, Iranduba, Manaquiri, Novo Airão, Rio Preto da Eva, Manaus, Beruri, Co

Governador David resolve em 90 dias, o atraso de mais de 3 anos do subsídio dos produtores de juta e malva Os produtores estão à mingua desde 2014 e o montante da dívida já ultrapassa R$ 5 milhões. Mas, o governo de Davi Almeida decidiu começar a mudar essa história. Notícia do dia 15/08/2017

Há mais de três anos os produtores de juta e malva não recebiam a subvenção paga pelo Governo do Estado para desenvolvimento desse setor produtivo. Os produtores estão à mingua desde 2014 e o montante da dívida já ultrapassa R$ 5 milhões. Mas, o governo de Davi Almeida decidiu começar a mudar essa história.

Começou na segunda-feira (14), o pagamento dos valores referentes à subvenção da malva e da juta a, aproximadamente, 350 produtores rurais do Amazonas. A ação é coordenada e organizada pela Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS), que começou a fazer os repasses aos produtores do município de Manacapuru (a 68 quilômetros de Manaus).

A safra de referência para pagamento é a de 2014/2015 e está estimada em 2.159 toneladas de fibras, o que totaliza um repasse de mais de R$ 820 mil. Há mais de 10 anos, a ADS subsidia os juticultores do Estado em R$ 0,40 por quilo de produto gerado, cujo valor é pago, anualmente. A safra de referência para pagamento inclui os municípios de Anamã, Anori, Beruri, Caapiranga, Coari, Codajás, Manaquiri e Manacapuru.

O presidente da agência, Lissandro Breval, diz que o valor do repasse varia de acordo com a quantidade de produção de cada produtor. “São feitos levantamentos junto às cooperativas e associações de produtores, que avaliam a quantidade vendida através das notas ficais de comercialização. Dessa forma, é feito o cálculo de cada pagamento”, explicou Breval.
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Cada produtor receberá uma média de R$ 1.500 a R$ 3 mil que, para Breval, é um benefício fundamental para melhorar as condições de renda e trabalho desses produtores. “Este é um grande incentivo para o produtor investir no seu serviço, assim, ele pode trabalhar de forma mais dinâmica, otimizando suas atividades comerciais”, apontou.

Produção

A produção de juta e malva envolve mais de 15 mil famílias no Amazonas. O estado amazonense é o maior produtor de fibras do Brasil, com participação de 87% da produção nacional (IBGE -PAM/2014). Os maiores produtores da fibra no Amazonas são da região da Calha do Rio Negro e Solimões, como Manacapuru, Anamã, Autazes, Careiro, Careiro da Várzea, Vila Rica de Caviana, Caapiranga, Iranduba, Manaquiri, Novo Airão, Rio Preto da Eva, Manaus, Beruri, Coari, Codajás e Anori.

A produção total desses municípios, anualmente, varia de 20 a 200 toneladas de juta e de malva, girando em torno de 100 a 744 toneladas. Manacapuru e Beruri se destacam com a produção média de 70 a 100 toneladas de juta.

Juta e malva

De origem indiana, a juta foi implantada na Amazônia por imigrantes japoneses há cerca de 80 anos. A fibra é extraída artesanalmente das hastes longilíneas da planta e é usada como matéria prima, sobretudo, para a confecção de sacaria para café e batata.

Já a malva é a “prima brasileira” da juta, uma espécie nativa de características muito similares à outra e que teve sua introdução no cultivo comercial mais tardiamente. Embora tenham suas particularidades, na prática as duas são tratadas quase como sinônimos por produtores e indústria.

A gama de produtos acondicionados em sacos de juta (e malva) engloba também amendoim, cacau, castanha, fumo e minério. “Foi ainda mais ampla num passado recente, até que a fibra vegetal passou a ceder espaço para um plástico, o polipropileno, porém a juta é insubstituível para embalar o café e batata, pois é capaz de controlar a umidade desses produtos”, explicou Lissandro Breval.

Foto: Secom