FCecon zera fila de espera para braquiterapia

A FCecon está em processo de aquisição de um novo aparelho de braquiterapia e deve receber, até o próximo ano, mais um acelerador linear, doado pelo Ministério da Saúde, através do Programa de Expansão da Política de Atenção Oncológica no Brasil. Com ele

FCecon zera fila de espera para braquiterapia De acordo com o gerente de Radioterapia da FCecon, radioterapeuta Leandro Baldino, um esforço conjunto da equipe e a ampliação do horário de atendimento no Serviço Notícia do dia 13/06/2017

Considerada uma das principais modalidades de radioterapia, voltada ao tratamento do câncer de colo uterino, a braquiterapia (procedimento interno de radiação) teve a fila zerada, neste mês, na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), unidade de referência em cancerologia na região. Essa é a segunda fila de espera zerada na unidade nos últimos dias. A primeira foi a de neurocirurgias oncológicas de alta complexidade, zerada no mês passado.

O câncer de colo de útero é o mais incidente entre as amazonenses, segundo projeção recente do Instituto Nacional do Câncer (INCA), órgão subordinado ao Ministério da Saúde. Para o Estado, são aguardados 680 novos diagnósticos da doença, uma média de 37 casos para cada 100 mil mulheres só este ano.

De acordo com o gerente de Radioterapia da FCecon, radioterapeuta Leandro Baldino, um esforço conjunto da equipe e a ampliação do horário de atendimento no Serviço, otimizaram o atendimento e reduziram o tempo de espera, não só para essa, mas também para as demais modalidades de tratamento de radioterapia, considerada um dos  tripés terapêuticos da oncologia na atualidade. “Nosso tempo médio de espera, entre consulta e início do tratamento, é de duas semanas. No caso da braquiterapia, especificamente, o início é quase que imediato. Hoje, temos 30 mulheres em tratamento nessa modalidade e outras 167 pessoas submetidas a sessões no acelerador linear e bomba de cobalto. Só essas duas últimas máquinas abrangeram 521 pacientes, de janeiro a abril deste ano”, destacou. Atualmente, a capacidade do setor é de 230 pacientes ao dia, contemplando as três modalidades de tratamento.

A FCecon está em processo de aquisição de um novo aparelho de  braquiterapia e deve receber, até o próximo ano, mais um acelerador linear, doado pelo Ministério da Saúde, através do Programa de Expansão da Política de Atenção Oncológica no Brasil. Com eles, a oferta na instituição será aumentada em pelo menos 100 vagas, adiantou Baldino.

Além da Radioterapia, outro setor chamou a atenção em 2017, com números acima da média: o Laboratório de Análises Clínicas, que registrou um aumento de 20,9% em procedimentos realizados. Foram 205.690 exames nos primeiros cinco meses de 2016 contra 248.811, no período de janeiro a maio deste ano. Ou seja: um acréscimo de 43,1 mil análises. Os resultados são fruto de uma reestruturação no serviço, realizada ao longo dos últimos 12 meses, pautada na otimização estratégica do acesso aos exames.

A gerente do Laboratório de Análises Clínicas da FCecon, Karyellen Araújo, explicou que o aumento da demanda também foi fator determinante para o aumento no número de exames. “As análises laboratoriais são de extrema importância na área oncológica, pois auxiliam de forma complementar, tanto no diagnóstico como no controle integrados, conseguimos manter a qualidade dos nossos exames e garantimos um fluxo contínuo no setor”, explicou.