Diárias do Bi Garcia e a feijoada da Michele

Querem ajudar realmente a crise financeira em Parintins. Bi, Michele e Tony façam igual outras cidades menores do Amazonas, onde os gestores decretaram estado de emergência e calamidade, mas tiraram qualquer gasto com diárias. A economia é real

Diárias do Bi Garcia e a feijoada da Michele Feijoada é R$ 80 reais e a diárias é R$ 732 reais Notícia do dia 17/02/2017

Os primeiros 47 dias do 3º governo da administração Bi Garcia (PSDB) e Tony Medeiros (PSL) pode se resumir a um esforço concentrado  para tirar a cidade de Parintins da sujeira do lixo e mato, herança da gestão Carbrás e Carmona. Retomar a operação tapa buracos para recauchutar a Ilha, hoje cheia de  buracos e crateras que tanto penaliza o motorista e pedestre . Sistematizar a Lixeira a céu aberto e amenizar as moscas nos bairros próximos. O prefeito corre atrás do tempo perdido na busca de dinheiro para retomar o crescimento. Apressa o processo seletivo para contratar milhares de pessoas e enfim o dinheiro começar a circular.

Por outro lado é nítido, não se sabe com ou não o aval do prefeito e do vice, uma verdadeira ação demagógica administrativa. Ora, instituir Decreto de Calamidade Pública Nº018/20174-PGMP no começo de janeiro, alegando no primeiro parágrafo a cidade “vive situação de instabilidade financeira e administrativa”. Em seguida conceder aumento de quase 50% na taxa mínima da água do SAAE; e na mesma semana aumentar em mais de 30% o valor pago em diárias. Foram atos administrativos que jogaram na lama o inicio da gestão. Não foram poucos que se lembraram da “turma do whisky” que se esnobavam no ano de 2012, enquanto Bi tentava emplacar o sucessor, sem sucesso.

Se a gestão pensa que população é “burra” ou “de memória curta” precisa se atualizar. Não deveria mais ser tratada como “palhaços”. As mídias alternativas hoje contrapõem a outrora forte mídia tradicional. E vemos hoje o circo de ontem, apenas novos personagens na grande maioria. E outros ainda do circo passado.

Somente não enxergar quem não o quer. A cidade de Parintins está empobrecida. E deve continuar assim mais alguns meses. Não tem varinha de condão. Já bastou o pesadelo do desgoverno passado. Mas demagogia é a última ação que poderia se praticada nesse momento.

A última “presepada” demagógica veio da Secretária Extraordinária Michele Valadares. Alegando querer “ajudar a população devido à crise econômica do município” inventou a feijoada solidária no valor de R$ 80,00. Isso mesmo. Oitenta reais. Se for vendida a apenas as “zamigas e amigos” endinheirados, tudo bem. Eles têm demais. O problema é  se a tal feijoada for repassada  para os funcionários municipais “comprarem”. E quem vai fiscalizar a ação solidária e quando prestarão contas. O penalizado funcionário não pode pagar a conta dos outros.

Nada contra a feijoada, herança culinária nascida nos porões das senzalas dos escravos negros no Brasil e que na Ilha se pode encontrar entre R$ 10 e R$ 20 reais.

No ano de 2009, na época da alagação recorde no Amazonas, Michele, então primeira Dama de Parintins,  montou a tal “pizza solidária” para ajudar os alagados. Na época quem mais denunciou a “pizza demagógica” foi a Rádio Clube AM, através dos diversos programas e principalmente no “Fatos e Boatos”. Denunciaram inclusive que todos os funcionários foram obrigados a adquirir a pizza.

Quem conhece de administração pública, compreende que o governo federal e estadual envia milhões de reais para tais ações sociais. Da compra de enxoval da gestante e até frauda de bebê. Até compra de passagens, rancho e caixão. Chegam recursos.    

Rifas, bingos, venda de guloseimas, são para ONGs, associações comunitárias, cooperativas comunitárias de interior, associações de bairros, igrejas e finalistas acadêmicos (para bancar a festa de formatura) e que não dispõe de ferramentas para buscar os recursos federais, estaduais. Até é aceito. O que não é o caso da Secretária Extraordinária.

Ser a mãe dos pobres com dinheiro público é ótimo. Já tivemos vários exemplos disso em Parintins. Até quem distribuía rancho e objetos na Praça da Liberdade, em busca de votos. Mas quando o dinheiro público acaba a situação muda.

Demagogia maior ainda, pois nesses primeiros 47 dias a população teve de pagar quase R$ 15.000,00 (quinze mil reais) em diárias seja para o prefeito, vice-prefeito, secretários e funcionários do segundo escalão. Dessa forma, somente para pagar essas diárias, Michele teria de vender ao menos 200 feijoadas.

Querem ajudar realmente a crise financeira em Parintins. Bi, Michele e Tony façam igual outras cidades menores do Amazonas, onde os gestores decretaram estado de emergência e calamidade, mas tiraram qualquer gasto com diárias. A economia é real.

A população que   deseja ajudar realmente uma instituição nesse carnaval. Vai uma dica. A senhora Nilda Viana 1ª tesoureira da Associação dos Moradores do Paulo Corrêa está vendendo rifas para sanar as despesas daquela associação do Bairro do Itaúna II. A programação é sábado de manhã e vai até a noite. A Associação do Itaúna II, diga-se de passagem, ajudou centenas de famílias carentes nesses anos através da parceria da CONAB, do governo Federal. Distribuindo alimentos. Assim é ajudar e não fazer demagogia, pois tem convênio e fiscalização. De 2 a até dia 31 de janeiro de 2017 aliás o governo estadual e governo federal enviou quase 16 milhões a cidade de Parintins.

Fora isso as ações administrativas pelo bem estar de Parintins devemos continuar aplaudindo e apoiando. De outra forma é o dito “faz o que eu digo, mas não faz o que eu faço”. Feijoada sim, diárias não. Assim Pierro e Colombina agradecem.   

 

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