CPI de Maués vai notificar prefeito Padre Carlos Góes

O presidente do Conselho Municipal de Saúde, Pedro Paulo, deu outra informação até então desconhecida pelo Legislativo: as contas da saúde da gestão de 2014 foram reprovadas

CPI de Maués vai notificar prefeito Padre Carlos Góes Segundo a ex-secretaria de saúde Sheila Said, as finanças da Semsa Maués são todas operadas por Graciete e pelo prefeito Carlos Goes Notícia do dia 19/05/2016

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada pelo Poder Legislativo apura denúncias de desvio de dinheiro na área da saúde e indícios da existência de funcionários fantasmas na Prefeitura Municipal. O processo está na fase de oitivas. Já prestaram depoimentos à CPI a ex secretária de saúde (Semsa), Sheila Said e atual secretário da pasta Anderson Jerry. Ontem (18) que está sendo ouvida é a secretária de Finanças da Prefeitura, Graciete Itou. Nesta fase o prefeito padre Carlos Góes (PT) será o próximo notificado.

 Segundo a ex-secretaria de saúde Sheila Said, as finanças da Semsa Maués são todas operadas por Graciete e pelo prefeito Carlos Goes. Alguns dos recursos recebidos para aplicação em saúde são de inteira responsabilidade do secretário, pois o mesmo é quem preside o conselho de  municipal de saude. Sheila em oitiva na CPI da Saude afirmou que nunca operou os recursos, que sequer teve acesso aos extratos das contas da Semsa.

 O presidente da CPI da Saúde, Luizinho Canindé (PMN), fala de graves irregularidades detectadas na atual Administração Municipal. Ele aponta para o uso indevido de nomes de pessoas para o desvio de dinheiro público. "Profissionais que já trabalharam na Prefeitura e que já estão desligados, mas que a Prefeitura continua usando o nome deles no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde e continua recebendo esses recursos. Essas pessoas só tiveram conhecimento disso através da CPI", revela.

 Nas diligencias realizadas na zona rural, a CPI  descobriu que uma comunidade possui construído o posto de saúde que nunca existiu. Ou melhor, existe, mas somente no papel. em poder da Secretaria Municipal de Saúde. E a Prefeitura informa para o Ministério da Saúde que esse posto funciona plenamente, com funcionário lotados e atendimento de pacientes normalmente. Canindé diss ainda e que a CPI está mensurando o valor que, supostamente, foi desviado.

 

Em depoimento, o atual secretário de saúde, Anderson Jerry, ficou numa saia justa. Ele atua como secretário e ainda recebe salário como enfermeiro contratado. A área de atuação dele é a zona rural. O secretário ainda tentou justificar como desenvolvia esse trabalho, mas foi contestado pelos membros da CPI, uma vez que o profissional não poderia atuar adequadamente nas duas funções.

 Da mesma forma como a ex-secretária de saúde, Sheila Said, também se pronunciou, Anderson, reiterou que não geria os recursos da pasta e que o prefeito Carlos Góes é o ordenador de despesas. "Tanto o secretário quanto a ex-secretária não são gestores do Fundo Municipal de Saúde. Quem tem a senha, quem gere realmente, quem é o  ordenador das despesas é o prefeito e o secretário de finanças e isso dificulta a gerência", afirma o vereador.

 O presidente do Conselho Municipal de Saúde, Pedro Paulo, deu outra informação até então desconhecida pelo Legislativo: as contas da saúde da gestão de 2014 foram reprovadas.

 Diante das irregularidades detectadas, a CPI solicitou documentos da Prefeitura, que foram negados. Desse modo, a comissão solicitou da Justiça Mandado de Busca e Apreensão. As investigações continuam com uma nova fase de oitivas, inclusive com o depoimento do Prefeito Carlos Góes, que é bastante aguardado. A previsão é que esta etapa se encerre até o fim de maio e o inquérito seja concluído na primeira quinzena de Junho.

A prefeitura de Maués informa por meio de sua assessoria de Imprensa que não vai se manifestar. Ainda de acordo com a assessoria as reportagens publicadas por este site sobre a administração de Maués são todas infundadas.

DEAMAZONIA.COM.BR